sábado, 2 de outubro de 2010

Bolha de Individualidade

Você pode me perguntar como cheguei aqui, como adquiri minhas experiências ou como posso te dar conselhos se nem na metade da vida eu estou. Todos nascem, crescem, amadurecem, amam, sofrem desilusões, procriam e morrem. Você pode dizer que eu não cheguei nem na fase "crescer" que dirá qualquer outra coisa, mas eu posso te dizer com toda a certeza que o que eu sou, sou eu, vem de mim, de dentro, puramente verdadeiro. A concepção de quem está de fora em relação a mim fica a desejar, mas quem sabe quem eu sou, quem sabe COMO eu sou, conhece alguém que talvez possa ser chamada de besta por sua "pouca maturidade" ou passada por uma simples garota inocente. Só que essa menina besta que ria sempre que alguém lhe subestimava se foi, amadureceu, graças as quedas, decepções e escolhas erradas que mais tarde viriam a ser concertadas. Eu não digo que foi ruim, por que ela se sente mais  preparada para enfrentar o mundo, não totalmente, mas sente, AGORA ela sente, o básico do que é enfrentar algo/alguém e se pôr em primeiro lugar. O que é fazer de um simples comentário uma guerra que leve ao fim de toda a história, agora ela sabe impor respeito perante tudo e todos e agora sabe usar as palavras certas - ou erradas - para se defender, para manter a imagem de "ela não é capacho de ninguém".
Só que com isso, talvez ela tenha perdido um pouco do ar adocicado, inocente e meigo que ela gostava tanto e que achava que, ao contrário do que lia em milhões de textos, aprendendo com o mundo, esse jeito iria se perder na infância e daria lugar a arrogância e grosseria em pessoa. Agora, uma bolha de individualidade surgiu nela. Sempre existiu, mas agora é impermeável a qualquer um que lhe fizer de besta. Dizem que ela ficou arrogante e que aprendera a dar "queimadas", mas é isso que se consegue com o mundo de hoje, é isso que ganhamos ao simplesmente VIVER e é justamente por somente conviver com as pessoas que ela é assim agora.
Mas tudo isso não quer dizer que ela ainda não seja ela mesma, aquela garotinha doce AINDA vive dentro dela. O ar adocicado ainda pulsa em seu sangue, porém, surge apenas com quem merece, com quem ela acha que merece, apenas com quem faz parte de sua bolha de confiança, por que ela não gostaria nem um pouco de dar credibilidade a quem não se merece. Bom, hoje? Hoje ela se sente mais confiante, sente que não vai ser deixada para trás e apenas lembra dos "velhos tempos"...

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