Você lembra daquela garota de 8 anos? Aquela menina talvez mal educada, mirrada e inocente que simplesmente deixou uma vida de lado pra morar com a mãe em São Paulo.
Eram férias e ela queria ver nova gente, mudar as caras e matar a saudade da mãe que era separada de seu querido papai.
Decidiu fugir de casa, não dar satisfações e ir morar com outra gente, outra casa, outra família, onde ela se sentia configurada.
Conheceu gente nova, amigas novas, dentre elas uma, uma que fez a diferença e ainda faz até hoje. Uma desconhecida a qual quase lhe afoga em uma piscina de um prédio comum no meio do Tatuapé. Enquanto ela conseguia gloriosamente plantar bananeira, essa 'uma' lhe puxa pelo pé, pergunta seu nome e... Acho que deveria começar tudo isso com o famoso 'era uma vez', pois a história que conto é de perfeito conto de fadas.
Essa 'uma' foi a coisa mais importante que lhe aconteceu na infância transferida para pré-adolescência; os primeiros palavrões, as primeiras malandragens, as primeiras brigas, os primeiros sermões, os primeiros juramentos de melhores amigas. E tudo isso dura até hoje, todas as lembranças são fixadas em seu coração por mais de 4 anos.
Saudade? Uma mera palavra insignificante se ela for refletir em relação ao tamanho do amor que se tem por essa 'uma'.
Uma, que é melhor que duas, que é melhor que mil. Uma que ela sabe que pode contar para tudo; até para esconder um corpo.
E o final feliz? Ainda não foi escrito, mas pode-se ter certeza, que não se tem dúvida de que o fim será de outra forma, ela sente isso correndo em suas veias.
Dedicado a melhor amiga que me surgiu na infância e prevalece em minha vida até hoje; Carolina Faggion
Beijos Gk!
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