quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Recordações do Passado



   Eu sempre admirei aquelas garotas dos filmes americanos, com seus armários no colégio, seu quarto privado de tudo, seus delírios de amor e... um diário.


   Sempre quis ter um; registrar os momentos marcantes da minha vida é algo que valorizo muito. Todos os dias penso em quando mostrarei minhas recordações aos meus netos e contarei a eles com toda minha emoção, como foi bom viver ao lado de quem eu amei.
Sempre fui de escrever cartas. Parei a um tempo atrás, comecei a achar que era um tanto brega, mas lamento até hoje as milhares que foram perdidas. Provavelmente esquecidas em algum canto de alguma outra casa por qual vivi ou simplesmente jogadas lixo à fora pela minha mãe; ela acha essas coisas fúteis.

   Hoje, depois do meu vício contínuo estar indisponível (internet), juntei-me a uma tia e começamos a ver as fotos antigas. Senti orgulho da minha mãe; nunca fui cuidadosa o bastante como ela para guardar tão bem coisas de tamanho peso antigo.

   Vi fotos de quando nem era nascida; ah, como minha mãe era linda, sempre foi, fotos de quando eu mal andava, de quando comecei a ir à escola, vestida de coelhinho na páscoa, de quando morei em São Paulo e ali comecei a soltar minhas primeiras mudanças de vida [de criança para pré-adolescente], de pessoas que não vejo mais, pessoas da época do maternal que nem lembro mais quem são.

   Olhei, sorri, senti falta e chorei; algo que já esperavam. Ao ver essas recordações, lembro o quanto foi difícil se despedir e mudar de rumo e essa pequena cicatriz volta a doer um pouco, mas me serve como “moral de história”: eu posso superar qualquer perda. O tempo é o melhor amigo de todos. As pessoas se distanciam, mas não é o fim do mundo e eu? Eu continuo vivendo, respirando muito bem sem aquela passado que eu pensei que me mataria de tanta saudade apesar de me sentir culpada por isso a verdade é que a gente se acostuma...


Beijos Gk!


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